O que vai ser de mim quando eu mudar?
4/20/20252 min read
O que vai ser de mim quando eu mudar?
Essa pergunta ecoa em muitos corações docentes — às vezes baixinho, às vezes em forma de grito silencioso. "O que vai ser de mim quando eu mudar?" Quando eu deixar a sala de aula? Quando eu buscar outro caminho? Quando eu permitir que o chamado das terapias integrativas faça sentido na minha vida?
A verdade é que essa pergunta não é sobre desistência. É sobre transição. Sobre reconhecer que algo dentro de nós está pedindo espaço, pedindo respiro, pedindo sentido.
Quando ensinar já não basta — ou já não é o mesmo
Ensinar é um dom. Mas também é um lugar onde muitos professores se desgastam. A sobrecarga, a desvalorização, as rotinas exaustivas, o sentir-se exaurido emocionalmente... tudo isso vai se somando. E, um dia, vem a sensação de que algo precisa mudar.
Mas mudar pra onde? Pra quê?
É aí que muitos educadores começam a olhar com carinho para o universo das práticas integrativas: terapias que acolhem o ser por inteiro — corpo, mente, emoção e alma. E não é raro descobrir que esse mundo já estava presente há muito tempo... numa escuta afetuosa, numa palavra que cura, num jeito de acolher o aluno para além do conteúdo.
Psicoterapia integrativa: um chamado para cuidar de si e dos outros
A mudança de carreira para áreas como a psicoterapia integrativa não é só uma escolha profissional. É um reencontro com a vocação de cuidar, de escutar, de transformar. Só que agora, o cuidado se estende ao próprio educador — que aprende a se ver, a se curar, a se respeitar.
Não é abandonar a educação. É ampliá-la. Levar para outros espaços aquilo que sempre foi sua essência: o desejo de ajudar o outro a crescer, a se encontrar, a se desenvolver.
Mas... e a insegurança?
Ela vem. Natural. Afinal, anos de dedicação à escola, à docência, à formação de alunos criam uma identidade forte. Mudar pode parecer arriscado, incerto, até impensável.
Mas e se esse risco for, na verdade, um convite?
Um convite para explorar novas formas de ensinar e aprender, inclusive sobre si mesmo. Um convite para transformar a própria trajetória em algo mais leve, mais autoral, mais conectado com quem você é hoje — e não apenas com quem você foi.
Você não está começando do zero
Tudo o que você viveu como professor ou professora — as histórias, os saberes, os enfrentamentos, as vitórias — tudo isso vai com você. E, acredite, será um diferencial imenso no caminho terapêutico.
A escuta atenta, a sensibilidade com o outro, o olhar para o processo... já estão em você. A nova trilha só vai ajudar a organizá-los de forma mais profunda, mais curativa, mais intencional.
O que vai ser de você quando você mudar?
Vai ser alguém que teve coragem de olhar pra dentro. Vai ser alguém que compreendeu que ensinar também pode acontecer em uma roda de partilha, num espaço terapêutico, numa escuta sincera.
Vai ser alguém que fez do seu cansaço uma ponte para o reencontro com o propósito.
E isso... é puro educar. Só que de outro jeito.